sábado, 21 de novembro de 2009

Sem explicação

Eu próprio não sei se este eu, que vos exponho, por estas coleantes páginas fora, realmente existe ou é apenas um conceito estético e falso que fiz de mim próprio. Sim, é assim. Vivo-me esteticamente em outro. Esculpi a minha vida como a uma estátua de matéria alheia ao meu ser. Às vezes não me reconheço, tão exterior me pus a mim, e tão de modo puramente artístico empreguei a minha consciência de mim próprio. Quem sou por detrás desta irrealidade? Não sei. Devo ser alguém. E se não busco viver, agir, sentir, é - crede-me bem - para não perturbar as linhas feitas da minha personalidade suposta. Quero ser tal qual quis ser e não sou. Se eu cedesse destruir-me-ia. Quero ser uma obra de arte, da alma pelo menos, já que do corpo não posso ser. Por isso me esculpi em calma e alheamento e me pus em estufa, longe dos ares frescos e das luzes francas - onde a minha artificialidade, flor absurda, floresça em afastada beleza.
Porque por uma força tão forte e inexplicável me contraiu me fez deslizar para a minha concha onde se encontra todo o misticismo do meu ser, onde todos os meus defeitos são vivências e as qualidades metas atingidas, porque se pudesse ter dois pilares serias um onde me apoiaria com toda a certeza de que teria escolhido alguém que nunca me decepcionaria, como é que posso afirmar isto? não sei... afirmo porque algo me transmite confiança, porque o teu olhar diz demais e transforma-me numa criança curiosa, porque o ver-te ao longe me deixa num estado de felicidade mas após uns metros os meus dedos se contraem os dentes cerram e todo o meu organismo se enrola num mundo onde gostava que pudesse disfarçar... sim porque sei que notas quando fico assim...
Porquê? não sei... será que quero saber? não sei... apenas sei que quando ganho forças e empurro a carapaça da minha ostra para cima e saio consigo ter segundos onde me pergunto mas qual a força que me empurra num vaivém de sensações?
Provavelmente ninguém saberá a quem me refiro e aí está o cerne da questão será que tu alvo de tudo isto um dia saberás será que eu conseguirei ter forças para te mostrar tal?


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puqroe não cgisnoo earcilpxr bem o que te qreuo derzir ntsee ttxteo csufnoo, aaneps sei que se pssedue ter mias uma mnhirdaa te eihlocsa puqroê? puqroe ja ddsee qzniue de jrienao que thneo um rhnucsao de ctraa, não eeugertni por dios movitos um não sei o puqroê de ter vhnogrea cgitnoo tnes aglo que me tvara e me psilaraa e sdnugeo puqroe na arutla evatsa ddidivia ertne daus paosses e ehlocsi ortua.
Atiderca que gvatasoa de sebar o puqroê de seres tão úcina, pios mias néugnim me põe aissm a sitner-me tão bem e tão nsovrea, sim só tu....jnaoa pcehcao 

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